Na minha última visita ao Ninth Art, encontrei um texto sobre escritores de quadrinhos que agem como pop stars. Discordando do autor - que acredita que o chama a atenção nas hqs é a qualidade - acho que os quadrinhos podem se beneficiar muito de autores que tenham as características necessárias para circularem nos media.
Um dos principais problemas das hqs é que elas são percebidas pelo grande público como coisa de criança ou - pior - de nerds. Autores que não pareçam nem um nem outro são importantes para mudar essa percepção: não adianta nada existirem quadrinhos que apelem para djs ou metaleiros se a imagem do meio é tão ruim ao ponto de impedir o primeiro contato. Autores como Grant Morrison e Alan Moore podem ajudar muito a aumentar a penetração dos gibis simplesmente pelo seu estilo de vida divergente do que se espera dos escritores de gibis.
Acreditar que qualquer artista ou forma de arte pode ter alcance massivo apenas pelos seus méritos é de uma inocência sem tamanho. Se pensarmos na música, por exemplo, vamos ver o quanto o saber se colocar é importante. Ou alguém acha que Madonna esá aí há mais de 20 anos por conta da qualidade da música? É óbvio que apenas a embalagem não sustenta ninguém no mercado, mas conteúdo suficiente para manter um público diverso os quadrinhos têm.